quinta-feira, 30 de julho de 2009

London calling! - Eurotrip 2009: Londres

A minha odisséia européia teve início na cidade de Londres, capital da Inglaterra. Mais especificamente, a
aventura começou no próprio aeroporto de Heathrow com a perda da mala do meu pai pela TAP. Após passar facilmente pela imigração, o que me deixou bastante surpreso, gastamos um bom tempo procurando a mala nas dezenas de esteiras do aeroporto até desistirmos e irmos até o balcão da Star Alliance prestar queixa do sumiço da bagagem.
Depois de alguns papéis preenchidos e garantia de que teríamos a mala dentro de 24h (o que realmente aconteceu --
ela estava perdida em algum lugar no aeroporto de Lisboa), pegamos o trem semi-expresso do serviço Heathrow Connect, que custa em torno de 7.5 libras e é a maneira mais fácil e acessível de ir para o centro de Londres e adjacências.

Descemos na estação de Paddington, que por sinal é uma das maiores estações da cidade, e saímos procurando o nosso hotel na Sussex Gardens. Após alguns minutos meio perdido, peguei o mapa da região e consegui achar o hotel. Por sinal, a rua Sussex Gardens é repleta de hotéis, literalmente um do lado do outro.
Já devidamente acomodados, meus pais, meu irmão e eu saímos para jantar -- a essa altura do campeonato eu já estava há umas 18h sem nada no estômago -- e resolvemos experimentar comida indiana. Não lembro o nome do prato, mas só de me recordar do arroz perfumado com canela já sinto água na boca.

A quarta-feira foi repleta de atividades turísticas, a começar por um tour no Hyde Park, que fica há 20 minutos a pé
de onde estávamos. Depois de uma hora rodando pelo parque, tomamos o metrô (ou "tube", como eles chamam por lá) em direção à região de Picadilly Circus e arredores, e fomos até o Palácio de Buckingham. Para nossa sorte (e de todos os zilhões de turistas também ali presentes), era o dia e o horário da troca da guarda real, o que é praticamente um teatrinho encenado por aqueles guardas britânicos de chapéu grande. Subindo a rua, como de costume passamos no Hard Rock Cafe London e depois subimos para a Bond Street, rua famosa por fazer as mulheres sorrirem e os maridos chorarem com as lojas como Valentino, Prada, Chanel, Gucci, Cartier, etc.
Retornamos ao hotel, tomei banho e me mandei para a estação de Green Park para encontrar o meu amigo Robert e sua esposa para tomarmos uns pints antes de irmos para o show de Morrissey, ex-vocalista do The Smiths, na O2 Brixton Academy.
Fiquei muito feliz em revê-lo depois de meses sem nos encontrarmos pessoalmente, tendo sido a última vez no Brasil. Sobre o show de Morrissey, foi simplesmente fenomenal, com direito a algumas músicas do The Smiths, como "This charming man" (que abriu o show, por sinal). A Brixton Academy é uma casa de show famosíssima com diversos shows grandes, porém é antiga e pequena; seguramente o show não tinha mais que 3500 pessoas.
Mesmo tendo que trocar de estações três vezes, consegui chegar ao hotel sem problemas mesmo estando ligeiramente bêbado.

Na quinta-feira tomamos um daqueles ônibus turísticos de dois andares para um city tour. Passamos pela Baker Street, cenário das histórias de Sherlock Holmes, bem como London Bridge, Big Ben, Parlamento Britânico, passeio no rio Tâmisa, etc.
Me desgarrei dos meus pais mais uma vez e saí novamente com Robert e Luciana para um pub próximo à estação Liverpool Street. Como era horário de happy hour" o bar estava repleto de consultores e analistas financeiros saindo do trabalho, uma vez que a região é conhecida por ser o centro financeiro londrino com diversos bancos de investimento, etc.

No dia seguinte fomos para Cardiff, no País de Gales (tema do próximo post). Quando retornei no sábado saí novamente com Robert, Luciana e a minha amiga finlandesa Petra, que hospedei em Recife há dois anos. Bebemos um pouco em no Crown Pub, nos arredores da Picadilly Circus, e fomos para a boate TigerTiger, agitando até as 2h30 da manhã. Voltei para o hotel, tomei um rápido banho, rezei para não embarcar bêbado, e me mandei imediatamente para o aeroporto e tomar um avião para Helsinki, Finlândia, onde estou neste exato momento.

Minhas impressões sobre Londres

Londres é um espetáculo, uma cidade e tanto. O que mais me deixou fascinado pela cidade, além da sua imponência e ar de metrópole, é a diversidade cultural e cosmopolitanicidade (se é que existe essa palavra). A todo instante eu via indianos, latinos, árabes, asiáticos, poloneses, italianos... um verdadeiro caldeirão cultural e sotaques das mais variadas naturezas.
A cidade também dispõe de um sistema de transporte invejável e extremamente eficiente. Compre o seu Oyster Card, carregue-o com umas 10 libras e vá a todos os pontos turísticos e rode por aí por uns três dias.

Contrariando o dito popular, não achei que a cidade é tão absurdamente cara para quem está mochilando.
É possível
ir a várias atrações turísticas e ter boa alimentação a preços acessíveis devido a ampla gama de opções.
Também ao contrário
do que muitos possam pensar, tem muita mulher feia nessa cidade. As inglesas em geral são feias (acho que 75%). Gatas mesmo são as imigrantes do Leste Europeu, França, Itália, etc.

Já saí de Londres, mas com o coração apertado e definitivamente com vontade de voltar. Quem sabe no próximo ano?

On the road: Eurotrip 2009


Sem meias palavras: viajar é, sem sombra de dúvidas, o melhor investimento que se pode fazer a si mesmo.
Quem me conhece sabe que sempre que posso tento satisfazer uma das minhas paixões, que é cair na estrada
e ter contato com as mais diversas culturas, costumes, situações, paisagens e pessoas ao redor do planeta.

Pela segunda vez na minha vida resolvi fazer um mini-mochilão de um mês pela Europa após ter me planejado
(e juntado dinheiro) durante pouco mais de um ano. Assim como da primeira vez, usei como fator motivante
[a.k.a. desculpa principal] um grande evento de informática na Holanda para poder começar os planos e
finalmente chegar na Europa.

Dessa vez também resolvi usar uma abordagem alternativa. Ao invés de ficar em albergues e ter de gastar
dinheiro com isso, estou utilizando o CouchSurfing para me hospedar na casa de outros mochileiros.
Já hospedei viajantes na minha casa em Recife e agora estou tirando proveito do CS para viajar.
Conhecer e se hospedar com gente local se torna muito mais proveitoso, barato e divertido do que ficar
hotel ou albergue, além de te proporcionar um intercâmbio cultural e mergulho nos costumes locais que
enriquece muito mais a sua viagem.

Antes de viajar tracei um esboço de roteiro, que não precisa ser necessariamente seguido à risca. Se você
estiver em uma cidade que já deu o que tinha que dar e seus dias começaram a ficar entediantes, compre uma
passagem e vá para outro. Ter datas completamente fixas acaba por "engessar" sua viagem e podem fazer com
que você perca várias chances de conhecer outros lugares bacanas, loiras gostosas e pessoas interessantes
em geral.
O meu roteiro básico inclui Londres, Cardiff, Helsinki, Tallinn, Riga, Vienna, Praia de Mare e Amsterdam.
Se você não jogou War nem assistiu Carmen San Diego o bastante, essas são as capitais da Inglaterra,
País de Gales,
Finlândia, Estônia, Letônia, Áustria e Holanda, com exceção de Praia que é uma cidade no
sul da Itália.

Como exemplo de flexibilidade de planos, Vienna entrou em cima da hora, por acaso, e não estava no roteiro
de até
uma semana antes de viajar. E se alguma das cidades acima ficar chata demais (o que já está
acontecendo com Helsinki),
pego um barco, trem, ônibus ou avião e me mando pra a próxima.

Vamos ver até onde essa aventura vai dar. Hit the road, Jack!