terça-feira, 18 de março de 2014

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quinta-feira, 30 de julho de 2009

London calling! - Eurotrip 2009: Londres

A minha odisséia européia teve início na cidade de Londres, capital da Inglaterra. Mais especificamente, a
aventura começou no próprio aeroporto de Heathrow com a perda da mala do meu pai pela TAP. Após passar facilmente pela imigração, o que me deixou bastante surpreso, gastamos um bom tempo procurando a mala nas dezenas de esteiras do aeroporto até desistirmos e irmos até o balcão da Star Alliance prestar queixa do sumiço da bagagem.
Depois de alguns papéis preenchidos e garantia de que teríamos a mala dentro de 24h (o que realmente aconteceu --
ela estava perdida em algum lugar no aeroporto de Lisboa), pegamos o trem semi-expresso do serviço Heathrow Connect, que custa em torno de 7.5 libras e é a maneira mais fácil e acessível de ir para o centro de Londres e adjacências.

Descemos na estação de Paddington, que por sinal é uma das maiores estações da cidade, e saímos procurando o nosso hotel na Sussex Gardens. Após alguns minutos meio perdido, peguei o mapa da região e consegui achar o hotel. Por sinal, a rua Sussex Gardens é repleta de hotéis, literalmente um do lado do outro.
Já devidamente acomodados, meus pais, meu irmão e eu saímos para jantar -- a essa altura do campeonato eu já estava há umas 18h sem nada no estômago -- e resolvemos experimentar comida indiana. Não lembro o nome do prato, mas só de me recordar do arroz perfumado com canela já sinto água na boca.

A quarta-feira foi repleta de atividades turísticas, a começar por um tour no Hyde Park, que fica há 20 minutos a pé
de onde estávamos. Depois de uma hora rodando pelo parque, tomamos o metrô (ou "tube", como eles chamam por lá) em direção à região de Picadilly Circus e arredores, e fomos até o Palácio de Buckingham. Para nossa sorte (e de todos os zilhões de turistas também ali presentes), era o dia e o horário da troca da guarda real, o que é praticamente um teatrinho encenado por aqueles guardas britânicos de chapéu grande. Subindo a rua, como de costume passamos no Hard Rock Cafe London e depois subimos para a Bond Street, rua famosa por fazer as mulheres sorrirem e os maridos chorarem com as lojas como Valentino, Prada, Chanel, Gucci, Cartier, etc.
Retornamos ao hotel, tomei banho e me mandei para a estação de Green Park para encontrar o meu amigo Robert e sua esposa para tomarmos uns pints antes de irmos para o show de Morrissey, ex-vocalista do The Smiths, na O2 Brixton Academy.
Fiquei muito feliz em revê-lo depois de meses sem nos encontrarmos pessoalmente, tendo sido a última vez no Brasil. Sobre o show de Morrissey, foi simplesmente fenomenal, com direito a algumas músicas do The Smiths, como "This charming man" (que abriu o show, por sinal). A Brixton Academy é uma casa de show famosíssima com diversos shows grandes, porém é antiga e pequena; seguramente o show não tinha mais que 3500 pessoas.
Mesmo tendo que trocar de estações três vezes, consegui chegar ao hotel sem problemas mesmo estando ligeiramente bêbado.

Na quinta-feira tomamos um daqueles ônibus turísticos de dois andares para um city tour. Passamos pela Baker Street, cenário das histórias de Sherlock Holmes, bem como London Bridge, Big Ben, Parlamento Britânico, passeio no rio Tâmisa, etc.
Me desgarrei dos meus pais mais uma vez e saí novamente com Robert e Luciana para um pub próximo à estação Liverpool Street. Como era horário de happy hour" o bar estava repleto de consultores e analistas financeiros saindo do trabalho, uma vez que a região é conhecida por ser o centro financeiro londrino com diversos bancos de investimento, etc.

No dia seguinte fomos para Cardiff, no País de Gales (tema do próximo post). Quando retornei no sábado saí novamente com Robert, Luciana e a minha amiga finlandesa Petra, que hospedei em Recife há dois anos. Bebemos um pouco em no Crown Pub, nos arredores da Picadilly Circus, e fomos para a boate TigerTiger, agitando até as 2h30 da manhã. Voltei para o hotel, tomei um rápido banho, rezei para não embarcar bêbado, e me mandei imediatamente para o aeroporto e tomar um avião para Helsinki, Finlândia, onde estou neste exato momento.

Minhas impressões sobre Londres

Londres é um espetáculo, uma cidade e tanto. O que mais me deixou fascinado pela cidade, além da sua imponência e ar de metrópole, é a diversidade cultural e cosmopolitanicidade (se é que existe essa palavra). A todo instante eu via indianos, latinos, árabes, asiáticos, poloneses, italianos... um verdadeiro caldeirão cultural e sotaques das mais variadas naturezas.
A cidade também dispõe de um sistema de transporte invejável e extremamente eficiente. Compre o seu Oyster Card, carregue-o com umas 10 libras e vá a todos os pontos turísticos e rode por aí por uns três dias.

Contrariando o dito popular, não achei que a cidade é tão absurdamente cara para quem está mochilando.
É possível
ir a várias atrações turísticas e ter boa alimentação a preços acessíveis devido a ampla gama de opções.
Também ao contrário
do que muitos possam pensar, tem muita mulher feia nessa cidade. As inglesas em geral são feias (acho que 75%). Gatas mesmo são as imigrantes do Leste Europeu, França, Itália, etc.

Já saí de Londres, mas com o coração apertado e definitivamente com vontade de voltar. Quem sabe no próximo ano?

On the road: Eurotrip 2009


Sem meias palavras: viajar é, sem sombra de dúvidas, o melhor investimento que se pode fazer a si mesmo.
Quem me conhece sabe que sempre que posso tento satisfazer uma das minhas paixões, que é cair na estrada
e ter contato com as mais diversas culturas, costumes, situações, paisagens e pessoas ao redor do planeta.

Pela segunda vez na minha vida resolvi fazer um mini-mochilão de um mês pela Europa após ter me planejado
(e juntado dinheiro) durante pouco mais de um ano. Assim como da primeira vez, usei como fator motivante
[a.k.a. desculpa principal] um grande evento de informática na Holanda para poder começar os planos e
finalmente chegar na Europa.

Dessa vez também resolvi usar uma abordagem alternativa. Ao invés de ficar em albergues e ter de gastar
dinheiro com isso, estou utilizando o CouchSurfing para me hospedar na casa de outros mochileiros.
Já hospedei viajantes na minha casa em Recife e agora estou tirando proveito do CS para viajar.
Conhecer e se hospedar com gente local se torna muito mais proveitoso, barato e divertido do que ficar
hotel ou albergue, além de te proporcionar um intercâmbio cultural e mergulho nos costumes locais que
enriquece muito mais a sua viagem.

Antes de viajar tracei um esboço de roteiro, que não precisa ser necessariamente seguido à risca. Se você
estiver em uma cidade que já deu o que tinha que dar e seus dias começaram a ficar entediantes, compre uma
passagem e vá para outro. Ter datas completamente fixas acaba por "engessar" sua viagem e podem fazer com
que você perca várias chances de conhecer outros lugares bacanas, loiras gostosas e pessoas interessantes
em geral.
O meu roteiro básico inclui Londres, Cardiff, Helsinki, Tallinn, Riga, Vienna, Praia de Mare e Amsterdam.
Se você não jogou War nem assistiu Carmen San Diego o bastante, essas são as capitais da Inglaterra,
País de Gales,
Finlândia, Estônia, Letônia, Áustria e Holanda, com exceção de Praia que é uma cidade no
sul da Itália.

Como exemplo de flexibilidade de planos, Vienna entrou em cima da hora, por acaso, e não estava no roteiro
de até
uma semana antes de viajar. E se alguma das cidades acima ficar chata demais (o que já está
acontecendo com Helsinki),
pego um barco, trem, ônibus ou avião e me mando pra a próxima.

Vamos ver até onde essa aventura vai dar. Hit the road, Jack!

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Filmes que formaram a minha personalidade - parte 1

Ao contrário do que possa parecer, eu raramente assisto filmes. Com toda sinceridade do mundo, não lembro a última vez de ter ido a um cinema ou mesmo ter alugado um DVD na locadora. Mesmo não sendo um grande apreciador da sétima arte, entretanto, resolvi escrever brevemente sobre alguns dos filmes que influenciaram na formação do meu caráter e personalidade, e que também marcaram toda uma geração.

- Clube da Luta
- Clube dos Cinco
- Hackers
- Jogos de Guerra
- Rocky III
- American Pie

Clube da Luta é o atalho para o baú que contém respostas para muitas perguntas sobre si mesmo, no sentido mais substancial e intrínseco do homem. Depois de assistir o filme eu particularmente comecei a olhar o ser humano sob uma perspectiva diferente, enxergando com maior clareza o lado mais animal, baseado em instintos e de caçador-coletor, como nos tempos mais primitivos (ver hunter-gatherer sense).

Ao abordar solidão, tédio e distúrbios psiquiátricos, como insônia e esquizofrenia, o filme realça ainda mais a idéia de que a linha entre normalidade e loucura é mesmo tênue, e que existe uma realidade ainda não explorada dentro de nós mesmos, que nos convida a conhecê-la em situações de depressão profunda ou outros distúrbios mentais.


A idéia do Projeto Caos (Project Mayhem, em inglês), de rejeição da civilização e sociedade, condiz com alguns dos meus pensamentos em momentos neo-ludistas e de niilismo. Às vezes eu acordo com a vontade de destruir algo belo somente pelo prazer da destruição. (E vocês também, nem venham dizer que eu sou pirado.)


"In the world I see - you are stalking elk through the damp canyon forests around the ruins of Rockefeller Center"

A película também é recheada de algumas das melhores frases de efeito da história no cinema e outros textos igualmente marcantes. Como descrito pelo New York Times, Clube da Luta é "um soco na mente". Definitivamente, Tyler Durden realinhou minha percepção.

Clube dos Cinco também tem um lugar especial no meu coração. Dirigido pelo mestre John Hughes, responsável pelos maiores sucessos de comédia dos anos 80 como Curtindo a Vida Adoidado e Gatinhas e Gatões, o filme tem toda uma aura especial que vai além de uma mera uma comédia teen, mas que tem conteúdo e traz uma mensagem sobre como rótulos e primeiras impressões caem por terra ao cruzarmos a barreira da superficialidade quando conhecemos alguém mais profundamente. Além disso, o filme tem como atrizes as duas maiores gatinhas do cinema da época, Molly Ringwald e Ally Sheedy.

Hackers e Jogos de Guerra dispensam justificativas. Os que me conhecem (e aos filmes também) sabem os por ques. Pirateiem o planeta! :)

Rocky III é provavelmente um dos melhores filmes de todos os tempos. O terceiro da franquia de Stallone é uma tremenda lição de vida, renovação de espírito e superação ao mostrar a derrota para Clubber Lang e posterior decadência de Rocky, até que ele, com muito esforço e dedicação, consegue dar a volta por cima e se torna novamente o rei dos ringues.

American Pie também é outro que dispensa comentários. Sempre fui fã de comédias adolescentes escrachadas com senso de putaria calibrado ao máximo, e o primeiro American Pie atinge o ápice desse gênero, honrando de forma majestosa o legado deixado por Picardias Estudantis, Porky's e Loverboy nos anos 80. As aventuras de Jim, Kevin, Paul Finch, Ostricher e Stifler me fizeram rir descontroladamente por uma semana depois que assisti o filme pela primeira vez. Sem dúvida a película foi um divisor de águas na comédia e dificilmente vão conseguir fazer outro filme tão divertido.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Viva o rock em espanhol!

A relação de nós brasileiros com a música cantada em espanhol é quase inexistente. Apesar da proximidade geográfica do Brasil com quase todos os países da América do Sul e do fato de termos uma ampla cobertura de Internet nas principais cidades do país, continuamos totalmente ignorantes quanto à música produzida por nossos vizinhos regionais, bem como dos espanhóis, mexicanos e de países da América Central.

Tenho certeza que se eu pedir para os meus amigos nomearem pelo menos três artistas ou bandas que cantem em espanhol (não vale Shakira nem Ricky Martin), nenhum deles conseguirá se lembrar nem de dois nomes, e a maioria sequer conseguirá citar um único nome.

Um dos principais motivos de desconhecermos boas bandas que cantem em espanhol é o preconceito que nós brasileiros temos com o idioma hispânico. Paradoxalmente, aprendemos inglês na escola ao invés da língua corrente de todos os nossos vizinhos geográficos com exceção das Guianas. Muitos de nós acham que a língua espanhola é feia e que soa mal, e, portanto, cria-se uma barreira linguística (que é facilmente transponível com um pouquinho de vontade). Ah, junte aí o fato de o brasileiro não gostar de ser chamado de latino e o muro que nos separa da música em espanhol fica ainda maior.
Outro fator que contribui para a falta de popularização da música em espanhol no Brasil é que nosso país é uma espécie de "Estados Unidos regional", ou seja, devido a nossa hegemonia no Cone Sul, somos um centro de grande produção cultural e exportamos nossa música para nossos vizinhos, sobretudo a Argentina. Pergunte a qualquer argentino com menos de 25 anos o nome de bandas brasileiras que eles conhecem: a resposta estará na ponta da língua e incluirão, pelo menos, Paralamas do Sucesso e Legião Urbana.

O que me motivou escrever este post foi o fato de recentemente eu ter me apaixonado por uma banda da Espanha conhecida como El Canto del Loco. ECDL, como também é conhecida, faz um dos melhores pop-rock que já ouvi em toda a minha vida. E essa minha afirmação não é mero exagero; basta escutá-los e você vai ver que a banda só não é mais famosa a ponto de ter canções em filmes
hollywoodianos porque não canta em inglês.

Mesmo com toda a dificuldade de fazer música de sucesso em sua língua nativa, diversos cantores e bandas continuam a fazer boa música
en español. Use e abuse do YouTube, Mp3Tube ou Deezer para curtir a música dessas bandas que cito como indicação:

- El Canto del Loco (Espanha)
- Fito Páez (Argentina)
- La Ley (Chile)
- Bellanova (México)
- Attaque 77 (Argentina)
- La Oreja de Van Gogh (Espanha)
- Carajo (Argentina)
- Los Fabulosos Cadillacs (Argentina)
- Café Tacvba (México)
- Ska-P (Espanha)
- Bacilos (Colômbia/Porto Rico/Brasil, porém radicados em Miami)

Acreditem em mim,
chicos: vale muito a pena ficar ligado no som que nuestros hermanos fazem.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Olá, blogosfera!

A expressão "antes tarde do que nunca" realmente veio a calhar para mim. Depois de anos prometendo a mim mesmo que iria começar um blog, somente agora resolvi criar coragem para fazer o meu début no mundo dos blogueiros.


Seguindo os passos dos meus amigos e ex-colegas de trabalho Marcos Álvares e Gustavo Monteiro, resolvi fincar minha bandeira na blogosfera para escrever pensamentos aleatórios e comentários sobre os mais variados assuntos.


Citando o meu amigo Marcos:

"Quem acha que isso é um ato altruista, de propagação de conhecimentos ou coisa parecida, está enganado! A maioria das pessoas escrevem blogs por pura terapia, engenharia social ou auto-afirmação. A maneira mais rápida de conseguir fundamentos ou contradições para uma idéia é coloca-la a prova. Os loucos são feitos do acumulo de idéias sem fundamentos.
Tendo em vista todos esses benefícios sociais e mentais, descritos acima, resolvi expor meus estudos e reflexões."

O nome do blog é uma homenagem à música "Lourinha bombril", dos Paralamas do Sucesso. Em tempos de globalização, os versos
"Häagen-Dazs de mangaba / Château canela preta / Cachaça made in Carmo dando a volta no planeta" nunca foram tão atuais como são hoje.


Apresentação:

Me chamo Júlio César Fort, nascido no ano de 1985 em Recife. Entusiasta de computação metido a besta, filósofo de bar e atleta de final de semana.

Sou estudante de Engenharia da Computação na Universidade Federal de Pernambuco e turista no curso de Telecomunicações no Instituto Federal de Pernambuco (antigo CEFET-PE). Trabalhei durante pouco mais de um ano com segurança da informação no maior instituto de pesquisa e desenvolvimento de software do Brasil e também em grandes players de segurança no mercado brasileiro e europeu.

Fui bastante precoce com computadores, paixão que cultivei ao longo de toda a minha adolescência. Comecei a me interessar por
hacking nos idos de 1995, com apenas 10 anos, após ler a edição de Outubro daquele ano da revista Superinteressante. Dei meus primeiros passos em direção a uma postura mais séria com informática dois anos depois, quando comecei a programar em Delphi e quebrar meus primeiros sistemas por aí.
Ao contrário de muitos que renegam o seu passado, me orgulho de ter feito parte da primeira (ou segunda, não sei bem ao certo) geração do
hacking brasileiro, com diversas contribuições que ajudaram a construir os alicerces do computer underground nacional.

Durante os últimos 15 anos que passei grudado na tela do computador, vi e participei de muita coisa. Lembro bem de ter usado MS-DOS e Windows 3.1 na escola, ter instalado no meu computador a primeira versão do Windows 95, ter perdido dias (e os dados do HD) para instalar uma versão arqueológica do Slackware Linux, ter baixado o primeiro release do KDE numa sofrível conexão discada nos tempos da Telpe. Por falar nisso, alguém aqui ainda se lembra de quando pagávamos R$ 2000 para ter uma linha telefônica de péssima qualidade que a cada cinco ligações, duas davam "linha cruzada"?
Também testemunhei o nascimento da primeira bolha da web, época que se ouvia a cada semana que um investidor estava negociando com um jovem espinhento qualquer a compra do seu site de busca feito no porão de casa. Garotos ficaram milionários da noite pro dia, e pobres do dia pra a noite com o estouro da bolha. E, pasmem, estou testemunhando o hype da web novamente! Na Internet o tempo parece mesmo ser cíclico.

Recentemente desisti da idéia de ser o garoto mais técnico do pedaço e, desde então, tenho me aprofundado e me encantado cada vez mais com diversos aspectos importantes relacionados a informática que os técnicos costumam a achar que são irrelevantes, como questões de negócios, publicidade, marketing, inovação tecnológica e afins.

Espero que gostem do blog e o acompanhe sempre que puderem.